JORNALISTAS, BLOGUEIROS E GAROTOS DE PROGRAMA: A MÍDIA VENDIDA E COMPRADA DE ARAPIRACA.

31/07/2015 00:18

Charge: Leandro Alves

Arapiraca é hoje uma grande cidade para os padrões de Nordeste, seu crescimento econômico e o descaso de governos municipal e estadual com as populações pobres tem colocado-a em um lugar de destaque no que se refere à violência.Parte dessa violência tem sido o ganha-pão de muitos indivíduos ligados a alguns meios de comunicação.

Desses meios de comunicação, gostaríamos de destacar os sites de notícias e alguns blogs locais que, pela falta de jornais impressos, têm se apresentado como os principais canais de mediação entre parte da população e o que acontece na cidade Agrestina.

Assim, em uma boa pesquisada por esses portais da imprensa digital, podemos encontrar de tudo, como por exemplo: os falsos críticos, que começam criticando as ditas autoridades mas diante de uma proposta para transitarem pelos corredores do poder catando as migalhas que caem das mesas de secretários, logo abandonam sua criticidade; e o pior deles, o que que pretendo chamar de  "miserável em busca da miséria alheia".

E embora existam alguns poucos blogueiros/jornalistas sérios em Arapiraca, é fácil encontrar pertencendo a essa classe, indivíduos que não se importam em noticiarem as desgraças alheias como, por exemplo, acidentes em que as pessoas ficam estendidas ao chão com as vísceras de fora em pleno sol, pobres pretos assassinados nos guetos da periferia em imagens que chamam de “cenas fortes” e que têm como principal atração o sangue correndo pelas calçadas a qualquer hora do dia ou fotografias de indivíduos presos pela polícia que servem para a maioria dos seus leitores pedirem pena de morte para suspeitos de delitos. Em alguns casos a informação da polícia é tida como a verdade dos fatos.

Vendo algumas notícias nos sites de Arapiraca, acabei concluindo que se diminuir a violência na região do agreste os redatores/jornalistas desses sites morrerão de fome. Deve ser triste ter que viver das desgraças alheias.